sábado, 8 de outubro de 2011

Comentário sobre Canto ao homem do povo Charlie Chaplin

Gersely Sales


O texto, Ideologia como forma literária no “Canto ao homem do povo Charlie Chaplin”. Análise de um poema de Carlos Drummond de Andrade; enfatiza o cotidiano de um homem comum, num país qualquer, que deseja apenas uma vida digna. Utilizando-se do personagem Carlitos, Drummond faz uso de um artista que simboliza a resistência ao sofrimento humano, em busca da sobrevivência; fugindo da fome, da brutalidade, da solidão, da insegurança. O modernista mostrou em sua obra um comparativo entre o dia-a-dia banal de uma sociedade e a industrialização dos tempos modernos.
O vagabundo sem família, amigos ou ideais, está sempre no Carpe Diem (do latim que significa "colha o dia" ou "aproveita o momento”, vivendo cada dia como único, e aproveitando-o ao máximo), almejando apenas um lugar pra dormir com segurança, um lar, um alimento, situação esta que é vivenciada todos os dias na inocência frustrada da sociedade convencional.
Na narrativa do poema Canto ao homem do povo Charlie Chaplin, analisando-o estruturalmente, vemos que as cores preto-e-branco / claro-escuro estão bem destacadas na figura de Chaplin, onde assimila a linguagem poética e a cinematográfica que ainda era muda. E sua bengala mágica é utilizada como brinquedo, trazendo lembranças de uma infância que fora desejada, provocando sempre o riso que quebra toda a seriedade dos ambientes formais, contra uma sociedade burocrata e autoritária, organizada economicamente desnivelada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário