domingo, 30 de outubro de 2011

PRINCÍPIOS BÁSICOS DAS CORRENTES ESTRUTURALISTA, GERATIVISTA E FUNCIONALISTA

Gersely Sales

O estruturalismo é um modo de pensar e analisar as ciências, estabelecendo funções e relações entre elas. No estruturalismo a língua é vista como código, sistema autônomo e social, onde o francês Claude Lévi-Strauss é o seu mais celebrado representante, sendo o principal teórico o suíço Ferdinand Saussure que ampliou os horizontes de estudos linguísticos com o Curso de Linguística Aplicada – 1916, organizado e publicado por seus alunos. Saussure analisou a dimensão social da língua e fez um estudo da Gramática, a Linguística passando assim a ser ciência.
O objetivo deste teórico era estudar aquilo que é comum aos falantes, tendo a língua como sistema e ferramenta. Em suas análises dicotômicas temos: sincronia x diacronia (ex: Metáfora da Árvore) – a diacrônica estuda a língua e suas variações históricas ao decorrer do tempo, enquanto a linguística sincrônica estuda a língua em um momento específico; langue x parole – sendo langue a fala em seu sistema formal e parole o discurso/uso; significante x significado – sendo imagem acústica e conceito, respectivamente, e que juntos formam os signos, cujo estudo denomina-se Semiologia; sintagma x paradigma – combinação (a ordem da estrutura) e seleção (escolha).
A linguística gerativista teve início em 1957, ano em que Noam Chomsky, principal teórico, publicou seu primeiro livro – Sintact Structures (Estruturas sintáticas). O gerativismo opondo-se ao modelo behaviorista de descrever a linguagem, defendia a faculdade da linguagem como inata ao ser humano (genética) cuja morada é a mente. O papel do gerativismo é explicar a natureza e o funcionamento da língua na mente, a competência e o desempenho, visto que todos os falantes têm o agir criativo e capacidade linguística, uma Gramática Universal.
A corrente linguística funcionalista que se opõem aos estruturalistas e gerativistas, estuda os usos que as formas possuem, ou seja, têm a função de promover a interação entre os indivíduos através do uso. Sendo sócio cognitivista, não visa só o social, mas também o cognitivo, considerando o contexto (discurso/uso) e a motivação (uso/influência).
Dentre as diversas teorias que são consideradas funcionalistas, destacam-se a Escola de Praga que enfatizou nos estudos da fonologia; a Escola de Genebra; a Escola de Londres com a teoria de Halliday na década de 70, incluindo as funções dos enunciados e textos.

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